@MASTERSTHESIS{ 2007:936882086, title = {Filhos por adoção: um estudo sobre o seu processo educativo em famílias com e sem filhos biológicos}, year = {2007}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/234", abstract = "A questão de encontrar dificuldades com a educação de filhos parece ser universal, entretanto, nas filiações por adoção, muitas vezes, determinados aspectos do processo educativo emergem revestidos de uma magnitude extrapolada. A presente pesquisa, de natureza quantitativa, objetivou identificar as dificuldades percebidas por pais adotivos no processo educativo de filhos por adoção, comparando famílias exclusivamente adotivas e biológico-adotivas, visando a detectar semelhanças e diferenças nos dois perfis familiares. Especificamente, procurou-se investigar as seguintes dimensões: os problemas de comportamento, as dificuldades escolares e as dificuldades dos pais para estabelecer os limites educativos. Os dados coletados resultaram da aplicação de um questionário, com questões abertas e fechadas, a 200 pais adotivos, sendo 100 exclusivamente adotivos e 100 biológico-adotivos. As variáveis sócio-demográficas caracterizaram a maioria dos pais como sendo brancos, casados ou em união estável, com escolaridade superior ou superior incompleta, renda familiar maior do que 9 salários mínimos mensais, orientação religiosa predominantemente católica e tendo entre 31 e 40 anos na primeira adoção. Verificou-se que não existem diferenças significativas entre os dois tipos de família quanto às intercorrências havidas na educação dos filhos adotados; a incidência de problemas de comportamento foi bastante similar nos dois grupos familiares; pais biológico-adotivos apresentaram menos dificuldades no estabelecimento dos limites educativos; filhos de pais exclusivamente adotivos apresentaram menos problemas escolares; constatou-se que não há relação significativa entre as variáveis sócio-demográficas e suas influências no processo educativo dos filhos, excetuando-se que pais biológico-adotivos evangélicos e espíritas apresentaram uma maior tendência a adotar a maior quantidade de filhos; no mesmo grupo familiar, verificou-se que filhos de pais com nível de escolaridade superior tendem a apresentar uma maior incidência de problemas de comportamento e dificuldades escolares. Outros dados relevantes: não foram relatadas diferenças significativas na educação de filhos adotivos e biológicos; não houve diferenças significativas entre os problemas educativos de adoções precoces e tardias, excetuando-se filhos únicos adotados tardiamente que apresentaram uma maior tendência para problemas de comportamento e dificuldades escolares em famílias biológico-adotivas; não houve relação estatística entre a motivação para adoção e dificuldades no processo educativo; as resistências familiares podem intensificar as dificuldades enfrentadas pelos pais; famílias biológico-adotivas estão mais disponíveis para efetuar adoções tardias; identificou-se freqüências similares quanto ao sexo dos filhos adotados; o sexo dos filhos não determinou uma maior incidência de problemas de comportamento nos dois grupos; a idade em que a criança tomou conhecimento de sua condição adotiva não teve relação com os problemas de comportamento, mas teve importância significativa quanto às dificuldades escolares; a maioria dos pais adotivos não creditam os problemas enfrentados à adoção e a maioria dos pais biológico-adotivos acreditam que a educação de filhos biológicos e adotivos tenha sido semelhante. Foi possível concluir que as dificuldades enfrentadas pelos dois grupos familiares são bastante similares, embora tenham que enfrentar desafios diferentes: enquanto os pais exclusivamente adotivos necessitam elaborar os seus conflitos, especialmente, em relação à esterilidade, os pais biológico-adotivos precisam encontrar o ponto de equilíbrio na educação de seus dois tipos de filhos, evitando o excesso de expectativas e a superproteção.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Psicologia Clínica} }