@MASTERSTHESIS{ 2010:75021241, title = {Inscrição subjetiva como alicerce da autoria: produções textuais de crianças a partir de leitura de cordéis}, year = {2010}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/730", abstract = "A presente Dissertação é resultado de pesquisa vinculada ao Projeto Sujeito do Inconsciente, Discursos e Inserção Social em Situações de Aquisição e Distúrbios de Linguagem, obedecendo, portanto, aos critérios e normas adotadas por ele. Escrever envolve o sujeito numa infinidade de ações, entre as quais algumas exigirão dele mais do que sua consciência pode dar, mais do que todas as suas aprendizagens podem convocar e mais que habilidades ou competências que ele possa dominar. É por esse motivo que a escola vem sendo o palco onde a escrita destituída de autoria vem sendo cada vez mais combatida, com os professores entrando no embate contra a cópia. E esse mau procedimento se dá, muitas vezes, mesmo em detrimento de a escola refletir as modificações da vida moderna, com todas as suas facilidades, em que se incluem as muitas discussões em torno da autoria das crianças em suas atividades de produção textual e de pesquisa. Apesar da resistência escolar, essa escrita recheada de elementos que mais soam como cópia mascarada ou recontagem de outros textos ganha cada vez mais espaço entre os jovens ―escritores‖. Escrever, na essência, implica marcar distância da cópia, de modo a permitir enxergar quem está ali, escrevendo, e não copiando o dito de outrem. Implica, sobretudo, chamar para si a responsabilidade sobre o que está sendo escrito. Este estudo, então, consiste no resultado da coleta de produções textuais de crianças em processo de aquisição da linguagem escrita, que vieram à luz a partir da leitura de folhetos de literatura de cordel destinados ao público infantil. As análises foram realizadas, tomando-se como referência alguns conceitos da teoria psicanalítica, especialmente, na leitura dos trabalhos de Freud, Lacan e da Professora Claudia de Lemos, particularmente da fase em que esta se filiou ao campo da psicolinguística. Esse campo teórico permitiu-nos filiar à concepção de língua e linguagem como atravessamento do sujeito do inconsciente. Tais estudos serviram para nos possibilitar tanto a identificação de elementos de inscrição subjetiva das crianças em seus textos, como para pensar sobre seus erros, direcionando o olhar para perceber a singularidade que se instala em suas produções, distanciando-nos da explicação desses erros e nos aproximando de sua interrogação. Dessa maneira, a singularidade das produções textuais das crianças revela-se importante para a tomada desse erro como evidência do movimento da língua nos sujeitos, como algo constitutivo e indicador de singularidade, como consequência, as produções textuais nos permitiram identificar indícios de autoria. Percebemos, assim, que a inscrição subjetiva está presente nos textos das crianças como uma condição de autoria, alicerçada na subjetivação do sujeito, mesmo aquelas que ainda dão os primeiros passos na aquisição da linguagem escrita. Tal questão se constitui um indício do traço autoral que os pequenos escritores vêm trilhando desde cedo, sobretudo, porque se implicam em sua escrita. Esse caminho foi escolhido na intenção de que os professores dediquem especial atenção à autoria como inscrição dos alunos nos textos que produzem", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Ciências da Linguagem}, note = {Ciências da Linguagem} }