@MASTERSTHESIS{ 2011:1546591319, title = {Ver e ouvir a surdocegueira : o emergir da comunicação}, year = {2011}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/734", abstract = "Trazer considerações a respeito de um tema pouco abordado nas pesquisas brasileiras reveste este estudo de significativa relevância, especialmente quando nos reportamos a uma sociedade dita inclusiva. A surdocegueira pode se referir à impossibilidade total de ver e ouvir, no entanto, deve ser levada em consideração a possibilidade de existirem resíduos visuais e/ou auditivos que apesar de existirem não resultam na possibilidade de usá-los de forma similar ao que não possui a(s) dificuldades indicadas. Na realidade, é uma condição em que se combinam transtornos visuais e auditivos em diversos níveis, que produzem problemas na sua comunicação com a sociedade. A criança surdocega tem uma das deficiências menos entendidas pela sociedade em geral. Não é uma criança cega que não pode ouvir, ou uma criança surda que não pode ver. É uma criança com privações multisensoriais, que apresentará restrições para o uso simultâneo dos dois sentidos distais, ou seja, terá dificuldade em expressar o seu pensamento e entender o pensamento do outro, através dos canais usuais. Não podemos deixar de considerar que comunicação é uma necessidade básica de todo ser humano e no caso da surdocegueira se reveste de peculiaridades praticamente desconhecidas da sociedade. Portanto, crianças surdocegas deverão apresentar dificuldades que, provavelmente, irão atrasar sua trajetória para se tornar um membro ativo na sociedade. No entanto, é capaz de exprimir-se e também receber as mensagens que lhe enviamos. O objetivo deste trabalho é ver e ouvir a surdocegueira, voltando-nos para a análise das formas de comunicação de crianças surdocegas pré-linguísticas. Para fundamentar esse estudo destacamos as contribuições de Vygotsky, Bruner, Tomasello e Chomsky, dentre outros, que oferecem subsídios para entendermos melhor as peculiaridades da aquisição da linguagem dessa criança. Participaram da pesquisa dez surdocegos pré-linguísticos na faixa etária de três a dez anos, pertencentes a uma única instituição de Pernambuco. Os procedimentos metodológicos obedeceram às recomendações do que a pesquisa qualitativa deve apresentar. A coleta de dados realizou-se através de três fontes: entrevista com pais, mapas de comunicação e observação direta dos sujeitos em interações sociais. A análise dos dados coletados foi realizada individual e coletivamente, demarcando o perfil das formas comunicativas dos sujeitos. As considerações finais revelaram que as formas de comunicação variam de sujeito para sujeito, independente da faixa etária, mas existe um conjunto de formas comunicativas mais ou menos comuns, expressas pelo grupo, o que nos permitiu elaborar um perfil do segmento, além de apontar para o uso de estratégias que facilitem essas aquisições. Esperamos com este trabalho contribuir para a renovação do panorama de atenção às crianças que apresentem surdocegueira, trazendo demonstrações concretas do seu desenvolvimento, mostrando ainda, a importância das interações sociais para a aquisição da linguagem", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Ciências da Linguagem}, note = {Ciências da Linguagem} }