@MASTERSTHESIS{ 2015:1418315856, title = {Multimodalidade em narrativas de reconto de histórias: um estudo de caso de uma criança cega}, year = {2015}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/813", abstract = "Esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a multimodalidade em narrativas de uma criança cega, contribuindo para entender que recursos multimodais são utilizados por essa criança para produzir sentidos em narrativas de histórias infantis, já que ela não dispõe do canal visual para representar e perceber alguns gestos. Desse modo, fundamentamo-nos na perspectiva de funcionamento multimodal da linguagem proposta por Kendon (1982), McNeill(2000), Cavalcante (2009), Ávila Nóbrega;Cavalcante (2012), Fonte (2009, 2011a, 2011b, 2011c,2012) e Fonte et al (2014) que concebem gesto e fala como sistema integrado de significação. Com base nessa perspectiva, temos como objetivo geral analisar os recursos multimodais em narrativas de reconto de histórias de uma criança cega e como objetivos específicos verificar os papéis dos recursos multimodais que a criança cega utiliza no reconto de histórias, identificar e descrever a fala, a prosódia e os gestos durante a narração das histórias. Para isso, realizamos um estudo observacional, de caráter qualitativo e do tipo estudo de caso, no qual participou uma criança cega com 9 anos de idade, que apresenta cegueira desde nascença e não possui patologias associadas a deficiência visual. Frequenta o Centro de Apoio pedagógico à Pessoa Visual (CAP) e a escola regular, cursando o 1º ano do fundamental I. Como procedimentos metodológicos, selecionamos três clássicos infantis da Disney: Chapeuzinho vermelho, Os três porquinhos e Branca de Neve. Esses contos clássicos foram apresentados em audiodescrição para a criança cega em seu ambiente domiciliar. As narrativas dos recontos das histórias foram filmadas e transcritas através do software Eudico Linguistic Annotator (ELAN). Além disso, selecionamos como categorias de análise de dados os planos do envelope multimodal: verbal, prosódico e gestual, proposto por Ávila Nóbrega (2010) e Fonte (2011). Os resultados mostraram que, ao recontar as histórias, a criança cega assumia diferentes papéis, ora de narrador, ora de personagem. Essas narrativas foram mediadas pela multimodalidade da linguagem, caracterizada por variações prosódicas como: intensidade forte e fraca, duração, pausas, velocidade de fala; além disso, usou produções verbais, ou seja, a fala propriamente dita, contemplando a estrutura narrativa e ainda gestos variados incluindo gesticulações corporais caracterizadas pelos movimentos da cabeça, ombros, mãos e pernas que contribuíram para a construção de sentido dos recontos das histórias.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Ciências da Linguagem}, note = {Ciências da Linguagem} }