@MASTERSTHESIS{ 2007:1811559589, title = {A relação entre oralidade e escrita em língua portuguesa no surdo}, year = {2007}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/822", abstract = "O continuum oralidade-escrita é um agente determinante e transformador da língua que, na modalidade escrita, é de grande importância para a comunicação dos surdos em função da dificuldade que possuem em desenvolver a língua oral. Esta pesquisa parte do pressuposto de que a habilidade escrita na língua padrão do país representa um instrumento importante para a inserção do surdo na sociedade e um meio útil de registro de idéias e pensamentos. Considerando que, ao concluir a escolarização básica, os estudantes devem estar aptos a utilizar a língua portuguesa na modalidade escrita, este estudo teve como objetivo investigar a ocorrência de marcas da oralidade na escrita de estudantes surdos do Ensino Médio. Especificamente, objetivou-se caracterizar a ocorrência de marcadores discursivos, repetições e parafraseamentos em surdos oralizados e não-oralizados e confrontar esses dados entre si e com ouvintes também estudantes do Ensino Médio. A população de estudo constou de quinze surdos oralizados e quinze surdos não-oralizados, com instalação pré-lingual da surdez de grau profundo bilateral, além de quinze ouvintes. Os participantes responderam a questionários compostos por seis perguntas, e a ocorrência das marcas de oralidade na escrita foi analisada quantitativa e qualitativamente nos três grupos. Além disso, foi realizado tratamento estatístico através do teste T-student. Os resultados mostraram uma maior utilização de marcadores discursivos, especialmente com função seqüenciadora, pelos surdos oralizados e ouvintes. Verificou-se diferença estatisticamente significante entre a média da quantidade de marcadores discursivos utilizados pelos surdos não-oralizados e pelos ouvintes. A repetição se mostrou mais recorrente entre os surdos oralizados. A forma integral e a posição adjacente predominaram nos três grupos. Quanto à função, prevaleceu a continuidade tópica entre os surdos e a compreensão entre os ouvintes. Foi pequena a ocorrência de parafraseamento na escrita dos participantes e os surdos não-oralizados não a apresentaram. Como conclusão, as marcas de oralidade se fizeram presentes na escrita dos surdos, sugerindo a ocorrência de relação oralidade/escrita nestes sujeitos, principalmente nos oralizados, a exemplo das realizações pelo ouvinte. O maior uso de marcas de oralidade, entre as quais se destacam os marcadores discursivos de função seqüenciadora e as condensações parafrásticas, sugere uma influência sobre a construção textual, particularmente com relação ao aspecto de coesão. Tendo em vista o fato de que o uso das marcas de oralidade constitui um fator de coesão textual, o uso destes recursos pode ser mais uma estratégia para se trabalhar a escrita do surdo, especialmente o não-oralizado, a fim de estimular a coesão das produções destes sujeitos.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Ciências da Linguagem}, note = {Ciências da Linguagem} }